Só se vê bem com o coração. Se tu me cativas és responsável por mim.
Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... Clarice Lispector
"Sei meditar, sei jejuar, sei esperar (Hesse)
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Tempestades da Vida
Eis um texto muito bonito que um amigo me enviou.
Não sei quem é o autor, quem souber, please, me avise.
Vale a pena ler e meditar.
Tempestades da vida
Não sei quem é o autor, quem souber, please, me avise.
Vale a pena ler e meditar.
Tempestades da vida
Há noites muito escuras em que o vento violento e ruidoso traz a tempestade inclemente. 
Os trovões e os relâmpagos invadem a madrugada como se fossem durar para sempre. 
Não há como ignorar os sentimentos que tomam de assalto nossos frágeis corações. 
O medo e a incerteza tiram nosso sono, e passamos minutos infindáveis, imaginando o pior, temerosos de que o céu possa, de um momento para o outro, cair sobre nossas cabeças. 
Sem, no entanto, qualquer aviso, o vento vai se acalmando, as gotas de chuva começam a cair com menos violência e o silêncio volta a imperar na noite. 
Adormecemos sem nos dar conta do final da intempérie, e quando acordamos, com o sol da manhã a nos beijar a fronte, nem sequer nos recordamos das angústias da noite. 
Os galhos caídos na calçada, a água ainda empoçada na rua, nada, nenhum sinal é suficientemente forte para que nos lembremos do temporal que há poucas horas nos assustava tanto. 
Assim ainda somos nós, criaturas humanas, presas ao momento presente. 
Descrentes, a ponto de quase sucumbir diante de qualquer dificuldade, seja uma tempestade ou revés da vida, por acreditar que ela poderia nos aniquilar ou ferir irremediavelmente. 
Homens de pouca fé, eis o que somos. 
Há muito tempo fomos conclamados a crer no amor do pai, soberanamente justo e bom, que não permite que nada que não seja necessário e útil nos aconteça. 
Mesmo assim continuamos ligados à matéria, acreditando que nossa felicidade depende apenas de tesouros que as traças roem e que o tempo deteriora. 
Permanecemos sofrendo por dificuldades passageiras, como a tempestade da noite, que por mais estragos que possa fazer nos telhados e nos jardins, sempre passa e tem sua indiscutível utilidade. 
Somos para Deus como crianças que ainda não se deram conta da grandiosidade do mundo e das verdades da vida. 
Almas aprendizes que se assustam com trovões e relâmpagos que, nas noites escuras da vida, fazem-nos lembrar de nossa pequenez e da nossa impotência diante do todo. 
Se ainda choramos de medo e não temos coragem bastante para enfrentar as realidades que não nos parecem favoráveis ou agradáveis, é porque em nossa intimidade a mensagem do cristo ainda não se fez certeza. 
Nossa fé é tão insignificante que ante a menor contrariedade bradamos que Deus nos abandonou, que não há justiça. 
Trata-se, porém, de uma miopia espiritual, decorrente do nosso desejo constante de ser agraciados com bênçãos que, por ora, ainda não são merecidas. 
Falta-nos coragem para acreditar que Deus não erra, que esta característica não é dele, mas apenas nossa, caminhantes imperfeitos nesta rota evolutiva. 
Falta-nos humildade para crer que, quando fazemos a parte que nos cabe na tarefa, tudo acontece na hora correta e de forma adequada. 
As dores que nos chegam e nos tocam são oportunidades de aprendizado e de mudança para novo estágio de evolução. 
Assim como a chuva, que embora nos pareça inconveniente e assustadora, em algumas ocasiões, também os problemas são indispensáveis para a purificação e renovação dos seres. 
Por isso, quando tempestades pesarem fortemente sobre nossas cabeças, saibamos perceber que tudo na vida passa, assim como as chuvas, as dores, os problemas. 
Tudo é fugaz e momentâneo. 
Mas tudo, também, tem seu motivo e sua utilidade em nosso desenvolvimento.
Assinar:
Comentários (Atom)
